segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Semana de Valorização da Família I - Reunião de Pais

Hoje acontece em nossa unidade a 3ª Reunião de Pais e Mestres, um momento agradável e proveitoso para escola e família! Se os pais se preocupam com a vida escolar das crianças, a escola deve responder suas dúvidas. E para entender é necessário explicar aos responsáveis como os pequenos aprendem. Apresentar os registros das atividades, a concepção do trabalho, uma vez que a maioria dos familiares, por exemplo, foi alfabetizada de forma diferente, por meio da cópia e da cartilha.

Seguem algumas das principais dúvidas dos pais:

1- Por que algumas crianças, da mesma idade e classe, conseguem ler e escrever e outras não?
Porque o processo de aprendizagem é individual. Apesar de o professor orientar a classe toda, a trajetória de cada aluno é singular. O professor informa a sequência didática e as habilidades trabalhadas. O progresso de cada aluno fica claro nos registros individuais desde o início do ano e é explicado pelo professor.

2- Meu filho de 6 anos está no ensino fundamental e ainda não reconhece as sílabas. É comum? 
Sim, é preciso saber como funciona o sistema de escrita convencional, pois durante muito tempo a alfabetização foi feita por meio do treino, da memorização das sílabas, mas hoje o trabalho é realizado de um modo mais eficaz. É preciso pensar sobre a forma como se escreve em atividades de leitura e escrita num sentido prático. Isso ocorre, por exemplo, quando ouvem você lendo um conto e refletem sobre as unidades da escrita vendo uma lista de palavras e nomes dos colegas.

3- Meu filho escreve as palavras coladas umas nas outras. Por quê?
É um fenômeno temporário e comum na fase da alfabetização, quando a criança procura reproduzir no papel o que escuta e fala. Acontece porque a criança ainda não reconhece o espaço entre as palavras como um sinal gráfico, o que vai ocorrer à medida que continuar sendo desafiada a ler e escrever. O professor faz intervenção para ajudar a criança a superar, pois há uma série de propostas didáticas para os alunos compreenderem a separação correta das palavras.

4- Qual o melhor jeito de estimular a criança em casa?
Incentivar o gosto pela leitura, por meio de livro infantil, suplemento de jornal, panfleto, gibi, revistas, convites, cartão etc. Lembrar de deixar o material ao alcance da criança, para que possa explorá-lo. Levá-la à biblioteca. Permitir o uso de computador com o manuseio do teclado, além de papel, caneta, lápis, entre outros materiais.

5- É comum os pequenos escreverem as letras ao contrário?
Sim, durante um período determinado na alfabetização inicial, eles podem grafar as letras de forma espelhada, porque estão em contato com muitos signos diferentes e novos e inclusive precisam diferenciar letras e números. Em nossa língua, escrevemos da esquerda para a direita. Se o aluno escreve ao contrário, faz a rotação das letras. Mas, durante o processo ele vai se aprimorando, à medida que o professor intervém, lança desafios, reforça a direção da escrita, corrige a rotação das letras por meio de referência, como o alfabeto da parede da sala ou lista com o nome dos alunos.

6- Existe uma idade ou ano correto para aprender a ler?
Espera-se que até o final do 2º ano todos estejam lendo e escrevendo convencionalmente, compreendendo a função da língua. Iniciamos o aprendizado da leitura ainda pequenos, quando temos contato com prática de leitura e escrita. É mais difícil para a criança quando ela chega à escola sem contato com livros e textos.

7- Quando deve ser iniciado o trabalho com letra cursiva?
Apenas após a criança apresentar uma escrita alfabética. Nesse momento, ela já começa a perceber outras formas de grafar a mesma letra. No início da alfabetização, o aluno precisa pensar em quais e quantas letras são necessárias para escrever as palavras, e as de forma maiúscula são as ideais, com traço simples e bem diferente uma das outras, pois as cursivas se emendam e muitas vezes confundem o aluno. O importante é ter uma letra legível e feita com rapidez, para mais tarde possuir agilidade nas anotações. Isso será útil nas tarefas escolares em outras situações da vida.

8- Meu filho pede que eu escreva o nome dele para que ele copie. Faço isso?
Sim, aprender a escrever o nome próprio é uma das formas mais significativas de iniciar a alfabetização e começa com a cópia de um modelo. A regularidade da forma do nome permite entender que a escrita fixa a língua falada. Toda vez que ele reencontra o seu nome, nota que ele tem as mesmas letras, na mesma sequência. E assim, vai construindo um repertório com significado. Trabalhar com a grafia dessa forma é importante para a reflexão sobre o sistema de escrita. Por meio da lista de nomes da classe, o professor trabalha semelhanças e diferenciação entre eles em vários momentos.

9- O que os pais podem fazer em casa para ajudar?
Os pais podem brincar com jogos e letras soltas. Colocar as letras na sequência do alfabeto, ler as letras na ordem, ler as letras de forma alterada, bingo de letras, bingo do nome dos familiares, forca, colocação do nome da criança nos pertences. Escrever uma lista de compra junto com ela, anotar bilhetes. Ler para a criança panfletos do supermercado. Achar letras do nome dela nas placas. 

Texto adaptado da Revista Nova Escola

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